sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Proj. Cidadão - Módulo 3: Dados Estatísticos


   
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Módulo 3 - Dados Estatísticos

 Dados Estatísticos

Pesquisa do Ibope divulgada em julho de 2011, revelou um quadro preocupante no Centro-Oeste do Brasil e especificamente em Goiás em relação a homoafetividade. No que se refere a união homoafetiva, a rejeição foi de 60%. Os protestantes/evangélicos estão entre os mais intolerantes com a comunidade homossexual, alcançando um percentual de 77%. É um dado preocupante.
Dos entrevistados em 142 municípios do Brasil, em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, representam a maior proporção em não aceitarem médicos, policiais e professores no serviço público. A faixa etária para os que não aceitam a homossexualidade se situa acima dos 50 anos de idade. A juventude ao que tudo indica é mais tolerante.
A boa notícia é que 60% dos jovens e adolescentes entre 16 e 24 anos aceitam sem reservas a homoafetividade. As pessoas que concentram maior poder de renda se enquadram de forma semelhante aos jovens e adolescentes, ao contrário dos que tem menor renda e estudo.
Na mesma pesquisa ficou constatado que 73% dos brasileiros com a idade entre 16 e 24 anos aceitariam conviver tranquilamente com amigos gays. Esse percentual sobe para 80% no comportamento das mulheres. Em 1993, 44% não se afastariam de seus amigos gays. Em 2008 subiu para 65%.[1]
A pesquisa parece ser animadora, mas segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2010 foram assassinados 260 gays, travestis e lésbicas, correspondendo a um aumento de 113% nos últimos cinco anos. Em números específicos, esse atentado contra a vida corresponde a 140 gays (54%), 110 travestis (42%) e 10 lésbicas (4%)[2].
Como muitos casos não são registrados e os bissexuais geralmente não se declaram publicamente, esse número pode ser bem maior. A bissexualidade é extremamente complexa. Observei casos em que o homem amava e se relacionava com sua esposa e ao que tudo demonstrava, com seu parceiro igualmente. Quando descobertos são vistos como imorais.
    Assim como a homossexualidade, a bissexualidade não é uma escolha pessoal (opção), mas um contínuo pouco estudado e muito menos discutido na sociedade, que passa “despercebida”, encarada apenas como um incidente da adolescência, uma vez que é comum o contato sexual entre pessoas do mesmo sexo, nessa fase da vida.

* Acompanhe no Módulo 4 a Escala de Kinsey e entenda melhor alguns aspectos relevantes.



[1] Disponível em: <www.ibope.com.br/ibopeinteligencia>. Acesso em: 30/04/2012.
[2] Disponível em: <www.ggb.org.br>. Acesso em: 30/04/2012.

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