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Módulo 3 - Dados Estatísticos
Dados Estatísticos
Pesquisa
do Ibope divulgada em julho de 2011, revelou um quadro preocupante no
Centro-Oeste do Brasil e especificamente em Goiás em relação a homoafetividade.
No que se refere a união homoafetiva, a rejeição foi de 60%. Os
protestantes/evangélicos estão entre os mais intolerantes com a comunidade
homossexual, alcançando um percentual de 77%. É um dado preocupante.
Dos
entrevistados em 142 municípios do Brasil, em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul, representam a maior proporção em não aceitarem médicos, policiais e
professores no serviço público. A faixa etária para os que não aceitam a
homossexualidade se situa acima dos 50 anos de idade. A juventude ao que tudo
indica é mais tolerante.
A
boa notícia é que 60% dos jovens e adolescentes entre 16 e 24 anos aceitam sem
reservas a homoafetividade. As pessoas que concentram maior poder de renda se
enquadram de forma semelhante aos jovens e adolescentes, ao contrário dos que
tem menor renda e estudo.
Na
mesma pesquisa ficou constatado que 73% dos brasileiros com a idade entre 16 e
24 anos aceitariam conviver tranquilamente com amigos gays. Esse percentual
sobe para 80% no comportamento das mulheres. Em 1993, 44% não se afastariam de
seus amigos gays. Em 2008 subiu para 65%.[1]
A
pesquisa parece ser animadora, mas segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2010
foram assassinados 260 gays, travestis e lésbicas, correspondendo a um aumento
de 113% nos últimos cinco anos. Em números específicos, esse atentado contra a
vida corresponde a 140 gays (54%), 110 travestis (42%) e 10 lésbicas (4%)[2].
Como
muitos casos não são registrados e os bissexuais geralmente não se declaram
publicamente, esse número pode ser bem maior. A bissexualidade é extremamente
complexa. Observei casos em que o homem amava e se relacionava com sua esposa e
ao que tudo demonstrava, com seu parceiro igualmente. Quando descobertos são
vistos como imorais.
Assim como a homossexualidade, a bissexualidade
não é uma escolha pessoal (opção), mas um contínuo pouco estudado e muito menos
discutido na sociedade, que passa “despercebida”, encarada apenas como um
incidente da adolescência, uma vez que é comum o contato sexual entre pessoas
do mesmo sexo, nessa fase da vida.
* Acompanhe no Módulo 4 a Escala de Kinsey e entenda melhor alguns aspectos relevantes.
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