terça-feira, 6 de agosto de 2013

Mód. 6: Homossexualidade



      Homossexualidade


            Por muito tempo, especialistas das mais diversas áreas do comportamento humano, se ocuparam em explicar as prováveis causas da homossexualidade. Considerando que ninguém se preocupou em estudar as causas da heterossexualidade, não existem motivos que justifiquem explicações sobre a homossexualidade.
            No primeiro trecho do Catecismo citado anteriormente a questão é bem prática e objetiva. Não há o que discutir sobre uma orientação sexual tão comum e natural quanto qualquer outra. Pelo fato de não poder constituir uma família convencional, os homossexuais não podem ser tratados como resultado de depravações, atos desordenados e transtornos de ordem psíquica.
            Além da conotação negativa que sobrecarrega o termo homossexualidade, as atitudes excludentes se tornam visíveis e propensas a aumentar a violência contra as pessoas homoafetivas. Dadas as circunstâncias da vulnerabilidade de um grande número de homossexuais, em nada contribui insistir num tratamento desigual.
            O que se deve evitar continuamente é o termo “homossexualismo”. O sufixo “ismo” subtende doença. Além do reconhecimento da OMS (Organização Mundial de Saúde), do Conselho Federal de Medicina e de Psicologia em retirar do rol das patologias a homossexualidade, as evidências mostram sempre mais que não se trata disso. Não existe uma definição exata assim como não existe para a heterossexualidade ou a bissexualidade.
            O que faz da homossexualidade uma “anomalia” é o preconceito de uma sociedade heterossexualizada em que faz questão de reafirmar que seria essa a única orientação sexual normal e correta. Ao lado dessa falsa crença, enfatizamos o fator determinante que é a cultura religiosa fundamentalista e puritana que motivam atitudes sempre ambíguas.
             A sociedade patriarcal não abre mão de excluir o que é diferente e abominável aos olhos de suas interpretações literais, mesmo que isso custe a vida de pessoas inocentes. Quem incita a violência ao próximo, incorre em crime e pecado maior do que possam querer delegar sobre os outros.
            Interessante é quando se descobre que não existe uma única maneira de ser homossexual. Poderíamos falar em homossexualidades. As pessoas pertencentes a essa orientação sexual reagem de formas variadas, desde a maneira de se apresentarem aos grupos sociais às suas intimidades.
            Podemos aprofundar a questão constatando depoimentos de pessoas da maneira como elas se sentem. Essa diversidade torna a homoafetividade mais complexa e prazerosa de se conhecer e estudar as inúmeras características que se apresentam. Não se pode definitivamente generalizar comportamentos. É inaceitável continuar falando daquilo que não se conhece.

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