Homossexualidade

No primeiro trecho do Catecismo
citado anteriormente a questão é bem prática e objetiva. Não há o que discutir
sobre uma orientação sexual tão comum e natural quanto qualquer outra. Pelo
fato de não poder constituir uma família convencional, os homossexuais não
podem ser tratados como resultado de depravações, atos desordenados e
transtornos de ordem psíquica.
Além da conotação negativa que
sobrecarrega o termo homossexualidade, as atitudes excludentes se tornam
visíveis e propensas a aumentar a violência contra as pessoas homoafetivas.
Dadas as circunstâncias da vulnerabilidade de um grande número de homossexuais,
em nada contribui insistir num tratamento desigual.
O que se deve evitar continuamente é
o termo “homossexualismo”. O sufixo “ismo” subtende doença. Além do
reconhecimento da OMS (Organização Mundial de Saúde), do Conselho Federal de
Medicina e de Psicologia em retirar do rol das patologias a homossexualidade,
as evidências mostram sempre mais que não se trata disso. Não existe uma
definição exata assim como não existe para a heterossexualidade ou a
bissexualidade.
O que faz da homossexualidade uma
“anomalia” é o preconceito de uma sociedade heterossexualizada em que faz
questão de reafirmar que seria essa a única orientação sexual normal e correta.
Ao lado dessa falsa crença, enfatizamos o fator determinante que é a cultura
religiosa fundamentalista e puritana que motivam atitudes sempre ambíguas.
A sociedade patriarcal não abre mão de excluir
o que é diferente e abominável aos olhos de suas interpretações literais, mesmo
que isso custe a vida de pessoas inocentes. Quem incita a violência ao próximo,
incorre em crime e pecado maior do que possam querer delegar sobre os outros.
Interessante é quando se descobre
que não existe uma única maneira de ser homossexual. Poderíamos falar em
homossexualidades. As pessoas pertencentes a essa orientação sexual reagem de
formas variadas, desde a maneira de se apresentarem aos grupos sociais às suas
intimidades.
Podemos aprofundar a questão
constatando depoimentos de pessoas da maneira como elas se sentem. Essa
diversidade torna a homoafetividade mais complexa e prazerosa de se conhecer e
estudar as inúmeras características que se apresentam. Não se pode
definitivamente generalizar comportamentos. É inaceitável continuar falando
daquilo que não se conhece.
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